Brazilian day 2012 – Mistura de raça

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Brasileiros no Japão “serraram Dilma”.

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Brasileiros preferem José Serra na presidência.

José Serra obteve mais que o dobro dos votos de Dilma Rousseff

Infelizmente este fato não se repetirá no Brasil.

High-tech oyaji

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Dia desses voltando de Tóquio tive a oportunidade de conhecer dois senhores muito interessantes, percebi que eram fotógrafos pelo tipo de bolsa que carregavam. Aliás, eu também estava com a minha.

Logo que sentaram começaram uma conversa sobre lentes, inclusive um deles disse que comprara uma determinada lente escondido do filho, que segundo ele havia dado dinheiro como presente de aniversário, disse também que o filho ficaria bravo se soubesse que ele tinha gasto todo o dinheiro ganho na lente, os dois riam da situação.

Confesso que também não pude conter o riso, ainda que tímido, pois só quem tem algum hobby caro sabe como são as coisas, mas foi quando ele tirou a lente do estojo querendo mostrar pra mim também pude adentrar a conversa, daí para eles começarem a mostrar o arsenal adquirido ao longo de anos foi um pulo.

Por sorte os dois eram canonmaníacos e aproveitei para mostrar a minha também, sem cerimônia eles pegaram e disseram as especificações (isso era para mostrar que eles entendiam mesmo), então disse para eles que tirava fotos, mas minha área era vídeo.

Foi dizer isto para eles começarem a me encher de perguntas, pois haviam feitos alguns testes e não tiveram sucesso, foi quando um deles tirou o iPhone e mostrou um pequeno vídeo feito e editado por eles e quanto mais eu falava sobre softwares, codecs, plataformas e hardware, mais eles  perguntavam e para o meu espanto eles entendiam tudo (não estou falando do idioma e sim dos termos técnicos).

Eu sempre fui meio geek e com o tempo aprendi que só posso oferecer a informação que a pessoa pode digerir, não adianta forçar, porque no fim você acaba ficando frustrado quando a pessoa diz:

– Não entendi!

Desembarquei em Yokohama e eles também, me convidaram para tomar um café e pensei com meus botões, por que não?

Foram quase duas horas de papo, umas boas risadas, troca de links, e-mails, dicas, enfim um verdadeiro geek talk, na despedida perguntei qual o rumo deles e depois de uma boa risada um deles me disse Shinagawa.

– Então acho que os senhores estão um pouco longe – disse sem entender.

– Ah! Mas a conversa estava boa! – responderam eles entre risadas.

Trocamos cartões e eles fizeram me prometer que encontraria com eles novamente.

No trem, ainda admirado com aqueles senhores, pensei comigo:

Que eu me torne um high-tech oyaji como estes dois.

Balde d’água fria

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Na última sexta-feira de maio fui ao consulado para obter a cédula de matrícula de cidadão brasileiro e justiça seja feita, atendimento impecável.

Alguns podem até achar que estou exagerando, mas sinceramente sempre fui bem atendido e nesta última vez foi melhor ainda, o consulado não estava tão movimentado.

Na minha frente havia um par de mães casando seus filhos, fazia tempo que não via ninguém casando e pude perceber o clima tenso dos participantes.

Não pude deixar de reparar em um documentarista que intercalava conversas no celular com causos da vida real, ele esteve no Brasil, Rio de Janeiro, provavelmente em alguma favela, pois havia dito que fotografou o interior do caveirão, enquanto mostrava alguns cromos (fotos) para um grupo de senhoras, numa narrativa entusiasmada, às vezes interrompida por uma senhora testemunha de Jeová que tinha em suas mãos uma revista Despertai. Ele driblava a senhora enquanto dizia com certo orgulho que fora mendigo no Japão e que encontrara pessoas que acreditavam no potencial dele, senti que na verdade ele estava desabafando, como quem dizia, consegui, venci! Mesmo não tendo a oportunidade de conversar com ele fico feliz em saber que um “sonhador” alcançou o seu objetivo, e deve ter alcançado mesmo, pois conforme ele mesmo disse para a gentil atendente embarcaria para Paris no dia seguinte, Parabéns!

Segunda-feira, 31 de maio; fui convocado para uma reunião que tinha como pauta a possível confecção de um vídeo sobre os 20 anos do movimento decasségui (oh yeah! é assim que se escreve no Brasil).  

Após esperar quase uma hora para podermos conversar sobre o assunto, eis que adentra uma pessoa que eu não conhecia, entra na conversa e começa a divagar sobre a linguagem que deveria ser usada no tal vídeo, quais os pontos fundamentais, o que deveria abranger, bla, bla, bla….

Claro que depois o assunto foi tomando outro rumo e entre uma citação e outra emprestada hora de algum autor alemão neoliberal, hora de algum autor ordoliberalista, sem contar os russos, se eu bebesse diria que esta conversa cairia bem com vodka,  разрывы !

Não pude deixar de notar uma arrogância acadêmico-burguesa-ativista-neoliberal-setentista-intelecto-passível e num certo ponto da conversa quando via apenas a mandíbula da interlocutora num movimento cadenciado, pensei com meus botões: What’a fuck am’I doing here?  

No final, com nada resolvido, tomei o rumo de casa e pensei sobre aquele documentarista que estava no consulado, a vontade de gritar ao mundo sua vitória, mesmo que momentânea.

 Minha vontade sempre foi fazer algo com que pudesse compartilhar com os outros, eu não sou cineasta, não sou jornalista, sou apenas um brasileiro querendo compartilhar.

Minha vontade sempre foi a de reunir um grupo bacana para discussões civilizadas, algo que realmente acrescente no cotidiano de que vem nos prestigiar, com humildade, responsabilidade e altruísmo.

Eu sempre soube as consequências da minha decisão há vinte anos, sempre optei pelo que me faz vibrar, pelo que me faz sentir bem e pelo que acredito. E assim pretendo continuar, para alguns é teimosia, para outros burrice, mas para mim é simplesmente meu modo de ver o mundo.

Enquanto não encontro quem acredite nas minhas idéias, continuarei trabalhando e enfrentando as minhas misérias, afinal alguém tem que pagar as contas!

Dica, quentíssima!

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Antes de começar as mudanças no governo japonês, aconselho a todos tirarem o stress.

Pratique algum esporte,

Ou assistam o desfile em Asakusa, no sábado,  dia 29 de agosto, eu fui no ensaio da G.R.E.S Império do samba no domingo passado e posso garantir que será show, de samba!

Em tempo a Sueli estava lá, cantando.

Quando falta hombridade.

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Engraçado, devo confessar a vocês que eu não aprendo, talvez seja a forma a qual fui criado, os valores que me foram ensinados, não tenho preconceito no que diz respeito a cor, condição social, cultural, sexual, para mim o que interessa é o caráter e atitude.

Tempos atrás, no espaço dos comentários havia uma pequena guerra entre dois leitores. O que fazer? Começo a apagar os comentários? Excluir os comentaristas?

A minha geração pegou o final da ditadura, sou daqueles que acreditam na liberdade de expressão e como disse o articulador do Tóquio digital “eles são o  ¨arroz de festa¨  dessa nossa ¨web dekassegui¨. E são bem-vindos, porque divertem o leitor.”

Existem absurdos permissíveis, como as histórias do Dave Aldwinckle que luta contra os mafiosos e, é protegido por um ninja, bom se o Rambo matou mais de 50 vietnamitas com uma flechada e o Steve Segal saiu correndo após anos em coma, porque o Dave não pode ser protegido por um ninja, não é mesmo?

Comentários como estes (absurdos permissíveis*) eu deixo porque alegra os outros leitores, desperta curiosidade e ativa a capacidade de discernimento.

Mas esta semana no post “tsukaisute sedai” aconteceu um fato lamentável que me fez refletir sobre a liberdade de expressão, sobe os meus conceitos de liberdade cibernética, de preconceito e pré-conceito sobre as pessoas que conhecemos neste mundo virtual.

Mas vamos aos fatos:

Luiza comentou em 5 de agosto de 2009,

Agem amigavelmente para a platéia e criam leis e normas para dificultar a vida dos brasileiros no país com a esperança que os mesmo vão embora por conta própria. Os que ficarem vão arcar com pesados impostos para sustentar a massa falida do sistema japonês, e os baixos salários para ajudar as empresas a recuperarem suas perdas.
Quem ficar, viverá na miséria!”

Tudo bem é a opinião dela.

 

Tanaka comentou em 5 de agosto de 2009:

“O Japão é um pais racista e preconceituoso! Isso já era de se esperar!
Estou indo embora desse país! Não quero nunca mais voltar aqui!
Cansei do racismo! Cansei da falsidade dos japoneses e dos brasileiros! Nunca pensei que me decepcionaria tanto!”

Tudo bem é a opinião dele.

 

Tanaka comentou em 6 de agosto de 2009:

“meu irmão morreu pelo péssimo atendimento medico nesse país! Morreu pq ele era estrangeiro e os médicos fizeram pouco caso. Sofreu um acidente de carro o japonês nada sofreu. A tão falada justiça japonesa nada fez e o criminoso japonês esta solto. O seguro não pagou nada! Antes de morrer ele teve as duas pernas amputadas! Eu odeio esse país! São racistas sim!”

Prestem atenção na afirmação do Tanaka.

Depois de indagado pelos outros leitores, uma única leitora nova e misteriosa a Luiza, já citada acima escreveu no mesmo dia:

“E pelo que entendi ainda tem o agravante do seguro não cobriu nada, creio que por ser estrangeiro é mais fácil enganar e se livrar de uma obrigação.”

E depois de mais comentários dos outros leitores ela escreveu no dia 7 de agosto de 2009:

“Lamentavelmente esse comentário foi extremamente desagradável de desrespeitoso! Para com uma pessoa que não tem mais como se defender, pois não esta mais entre nós!
Infelizmente os brasileiros nesse país são arrogantes! Acham que são donos da verdade, acham que por ter feito 8 operações tem o direito de vir aqui desrespeitar as pessoas… Lamentável!”

E depois disto houve mais comentários repletos de agressões verbais ( que prontamente deletei) dirigidos a nossa colaboradora Sueli Gushi.

Muitas vezes as pessoas acham que ficam impunes, que estão protegidas pelo anonimato, esquecem que estão usando os serviços de um provedor e que são facilmente encontradas.

Voltando ao início deste post, quero dizer que estou decepcionado, estou decepcionado comigo mesmo, eu insisto em acreditar nas pessoas, em olhar apenas o melhor.

Para que vocês entendam o fato, leiam os comentários do post abaixo.

P.S: Agora que está tudo esclarecido, optamos por retirar as imagens anexas, sem esquecer que tantos elas como os comentários contendo agressões verbais continuam em nossos arquivos.